
Confusão marca eleições do secretário-geral do partido Podemos: eleição sem vencedor e desistência geram polêmica
A eleição para o cargo de secretário-geral do partido Podemos terminou em confusão e frustração neste fim de semana, após nenhum dos quatro candidatos alcançar os 50% dos votos exigidos para a vitória no primeiro turno.
Dos 99 votantes, Alberto Ferreira liderou com 37 votos, seguido por Estelho António com 28. O pastor e político Germano Lino, que foi o primeiro a discursar, recebeu apenas 6 votos. Os demais votos foram divididos entre os outros candidatos, impedindo a consagração de um vencedor.
A situação se agravou após Alberto Ferreira, líder da votação, celebrar antecipadamente sua suposta vitória. Pouco depois, a comissão eleitoral do partido anunciou a necessidade de uma segunda volta, de acordo com as normas internas que exigem maioria absoluta para a eleição.
A decisão gerou polêmica entre os apoiadores de Ferreira, que acusaram a direção do partido de falta de transparência. Em resposta, Alberto Ferreira anunciou sua retirada da disputa, alegando desgaste financeiro com a campanha e desorganização no processo eleitoral.
A comissão ainda não definiu uma nova data para a realização da segunda volta, e o impasse expôs fragilidades na estrutura partidária.
Analistas políticos criticaram a falta de clareza nos estatutos do partido e apontaram sinais de imaturidade e desorganização política. “Esse episódio mostra que o Podemos ainda não está preparado para disputas internas com responsabilidade democrática”, afirmou a cientista política Teresa Mandlate.
Enquanto isso, a liderança do partido se vê pressionada a restaurar a credibilidade do processo e garantir uma nova votação com regras claras e aceitação de todos os envolvidos.